quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Centenária


Esta pedalada foi marcada por situações inusitadas, a começar pelo tempo. Quando nos preparávamos para sair, tínhamos certeza que o banho de chuva seria inevitável. Ao olhar para o lado dos morros, nossa meta, a escuridão das nuvens era o prenúncio de muita chuva e talvez algo mais.



Pedal Trilheiro não se abate com chuva, então seguimos na jornada.

Lembro que grande parte de nossas trilhas podem ser conferidas sempre ao final de cada postagem.

Pegamos o asfalto até o campo do Palmeiras, de lá seguimos via Linha Isabel em direção a Deodoro. No caminho nos chamou atenção um dos pilares do que um dia deve ter sido uma imponente ponte.

O calor era desgastante, a vegetação fechada sobre a estrada contribuía para aumentar ainda mais a sensação de abafamento. Aos poucos, sem sentir, íamos escalando cada vez mais os mais de 500 metros de elevação até Deodoro. Naquela canseira, acabamos pegando um caminho errado e aumentando ainda mais o percurso.

Acima de nossas cabeças as nuvens, cada vez mais carregadas e acompanhadas de trovões que pareciam anunciar o fim do mundo. Foi quando encontramos um caminhante, um senhor já de idade elevada, com seu chapéu enorme e cigarro no canto da boca. Alex perguntou ao homem onde estávamos e foi que ele disse que o lugar era conhecido como Buraco do Diabo. Devia ser mesmo.

Nos entre olhamos e seguimos em frente até que depois de alguns quilômetros reencontramos a trilha original e chegamos à famosa figueira centenária.



Realmente impressiona a grandiosidade desta árvore centenária. Seus galhos enormes quase encostam no chão. Alguns são escorados para facilitar a passagem de veículos. Parando sob a árvore e olhando para cima se tem a visão de um emaranhado de galhos que formam uma espécie de teia, praticamente cobrindo a passagem da luz. Muito bonito. Pena o dia não estar ensolarado para aumentar o contraste das cores.

Subimos os últimos metros e chegamos ao topo, em Deodoro. Ali reabastecemos as baterias e nos preparamos para descer, via linha Andreas.  A descida também trouxe lindas paisagens e exigiu muita habilidade.

E a chuva? Nada. Chegamos a Venâncio com muito pó na cara. Foi só barulho.




Percurso total: 62km

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