Encaramos o asfalto e fomos até o município de Cruzeiro
do Sul. Nosso objetivo era a Casa do Morro (Solar Azambuja).
Segundo informações do site do município de Cruzeiro do
Sul, em 1872 o Coronel Primórdio Centeno de Azambuja construiu sua moradia às
margens do Rio Taquari. Tempos depois, uma enchente fez com que mandasse
construir sua casa no morro que, mais tarde ficou conhecida como a Casa do
Morro. As obras consumiram cinco anos (1873-1878). Em 1901, a casa foi vendida
em hasta pública. Por muitas décadas foi ocupada por inquilinos e finalmente
abandonada a própria sorte.
Suspeitava-se que nela houvesse um tesouro escondido e
indivíduos inescrupulosos aproveitaram o abandono para arrebentar paredes e
pisos à procura do tesouro, virando ruína. Muitas histórias de lobisomem e
fantasmas corriam pela boca do povo. A Casa do Morro é gravura integrante do
Brasão do Município de Cruzeiro do Sul.
Do alto do morro tem-se uma ótima visão do rio e dos
municípios de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Colinas e Teutônia. Hoje,
infelizmente a casa está jogada ao tempo. Completamente abandonada e depredada,
uma pena!
Pegamos uma pequena trilha de pedras e subimos mais
alguns metros e chegamos na Toca dos Corvos. Uma fenda num paredão de rocha,
que é cercado por mata nativa. Esta gruta é habitualmente usada como abrigo por
corvos, por isso o nome. Realmente, os corvos circulavam por ali e se postavam
nas antenas mais acima.
Descemos e seguimos o trajeto, passando pelo centro de
Lajeado e retornando para Venâncio Aires.