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domingo, 26 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Centenária
Esta pedalada foi marcada por situações inusitadas, a
começar pelo tempo. Quando nos preparávamos para sair, tínhamos certeza que o
banho de chuva seria inevitável. Ao olhar para o lado dos morros, nossa meta, a
escuridão das nuvens era o prenúncio de muita chuva e talvez algo mais.
Pedal Trilheiro não se abate com chuva, então seguimos na
jornada.
Lembro que grande parte de nossas trilhas podem ser conferidas
sempre ao final de cada postagem.
Pegamos o asfalto até o campo do Palmeiras, de lá seguimos via
Linha Isabel em direção a Deodoro. No caminho nos chamou atenção um dos pilares
do que um dia deve ter sido uma imponente ponte.
O calor era desgastante, a vegetação fechada sobre a estrada
contribuía para aumentar ainda mais a sensação de abafamento. Aos poucos, sem
sentir, íamos escalando cada vez mais os mais de 500 metros de elevação até
Deodoro. Naquela canseira, acabamos pegando um caminho errado e aumentando
ainda mais o percurso.
Acima de nossas cabeças as nuvens, cada vez mais carregadas
e acompanhadas de trovões que pareciam anunciar o fim do mundo. Foi quando
encontramos um caminhante, um senhor já de idade elevada, com seu chapéu enorme
e cigarro no canto da boca. Alex perguntou ao homem onde estávamos e foi que
ele disse que o lugar era conhecido como Buraco do Diabo. Devia ser mesmo.
Nos entre olhamos e seguimos em frente até que depois de
alguns quilômetros reencontramos a trilha original e chegamos à famosa figueira
centenária.
Realmente impressiona a grandiosidade desta árvore
centenária. Seus galhos enormes quase encostam no chão. Alguns são escorados
para facilitar a passagem de veículos. Parando sob a árvore e olhando para cima
se tem a visão de um emaranhado de galhos que formam uma espécie de teia, praticamente
cobrindo a passagem da luz. Muito bonito. Pena o dia não estar ensolarado para
aumentar o contraste das cores.
Subimos os últimos metros e chegamos ao topo, em Deodoro.
Ali reabastecemos as baterias e nos preparamos para descer, via linha Andreas. A descida também trouxe lindas paisagens e
exigiu muita habilidade.
E a chuva? Nada. Chegamos a Venâncio com muito pó na cara. Foi
só barulho.
Percurso total: 62km
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